Ainda não rolou com o Reggae o que aconteceu com o Rock ou com a Bossa Nova. O Reggae, como estilo musical e estilo de vida, continua muito próximo de suas raízes ideológicas. Muitas coisas contribuem para isso. E o Brasil tem em si tudo para que não mude por muito tempo. A idéia do profissionalismo musical já é algo que dói nos ouvidos de quem tem ideologia radical sobre viver de música, se comprometer com a mesma e com sua banda.
No Brasil, na cabeça de quem não está em uma gravadora ou fazendo shows semanais, se vender é tocar no radio ou assinar um contrato de 3 anos. Se vender é tocar na televisão ou abrindo shows de outros estilos musicais. Não há espaço para radicalismos nem para “rixas” entre bandas. O que chamo de underground no título do texto é a idéia de existência de um circuito forte musical e de cultura que margeie a indústria atual.
Música comercial é um termo que se tornou pejorativo porque mistura o que é feito para massificar e vender um título ou artista plástico, com artistas de carreira e bandas emergentes. O intercâmbio é a primeira arma do underground. Intercâmbio de música, de bandas, de zines. O Reggae esbarra ainda no seu isolamento artístico no Brasil. Felizmente, esta situação tem mudado porque algumas pessoas e bandas já notaram que viabilizar shows, o que é o caso do underground, faz mais pela música do que tentar entender porque é a Kelly Key e não a sua banda que esta na MTV.
Fonte: Bruno Prieto - Maskavo
'Underground'
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