06/04/2003
Ziggy Marley troca o reggae pelo POP em seu primeiro disco solo!
 
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Ele é animal. Mas atualmente passa por um processo de metamorfose ambulante. "Eu gostaria de ser uma libélula."

As palavras são de Ziggy Marley, que nasceu filho de peixão e anda sonhando ter asas. O herdeiro mais famoso de Bob Marley (que teve 11 filhos “oficiais”) lança em maio o seu primeiro disco solo e bem acompanhado. Chama-se “Dragonfly” e tem duas surpresas: quase nada de reggae e nada de Melody Makers (o grupo que o acompanha desde o início da carreira e é formado por Ziggy e três dos seus irmãos). Em vez da família, participam do disco nomes do além-reggae, como Flea e John Frusciante, do Red Hot Chili Peppers. Ou seja, tem novidade à beça nos céus da Jamaica.

"Esse disco é como uma aventura pessoal, não quero ficar preso a nada" - conta Ziggy, falando (entre longas pausas para pensar) por telefone de Miami. "Amadureci bastante e quero ampliar meus horizontes. Não esqueci o reggae, apenas mostrei de onde vêm minhas raízes. Eu quis apenas ser verdadeiro comigo mesmo."

A música-título tem mensagem ecológica. Essa história de ser verdadeiro consigo mesmo está descrita numa das melhores músicas do disco, o delicioso pop chiclete “True to myself”, que poderia muito bem estar num disco de Eagle Eye Cherry ou Ben Harper. Produzido por Ziggy e os “forasteiros” Scott Litt (que já trabalhou com o R.E.M.) e Ross Hogart (que assinou discos do Metallica), “Dragonfly” mostra o herdeiro pródigo da família Marley batendo asas em direção ao soul, r&b e pop. É um disco bom para ser consumido estirado no sofá e recomendável também como remédio anti-estresse no walkman ou no rádio do carro. Além dos dois integrantes do Red Hot Chili Pepers, o disco tem também como convidados o veterano músico americano David Lindley e o DJ Chris Kilmore, que costuma tocar com a banda de metal Incubus.

"Foi ótimo trabalhar com pessoas de outras áreas, com outros pontos de vista. O que nos uniu foi a paixão pela música. E Flea adora reggae" conta, antes de brincar e cantar trechos de “Give it away”, dos Peppers. Reggae mesmo em “Dragonfly” só de leve, na música “Shalom salaam”, que pede paz no Oriente Médio e mete o dedo nas feridas abertas de um mundo liderado por um imperador que parece saído das páginas da revista “Mad”.

"Paz é tudo o que queremos. Viver com medo não é viver. Não é possível exportar ou cultivar o medo como forma de vida. Temos que viver em paz, independente de nossas religiões."

Em outra música, “In the name of God”, Ziggy vai mais fundo no assunto: critica o uso indevido do nome Dele (“Em nome de Deus você mata/Em nome de Deus você conquista”) e, radicalizando, chega a pedir o fim de todas as religiões. Não fica claro se ele inclui aí o fim também da seita rastafari, da qual ele é fervoroso adepto, como fora o seu pai.

"É claro que essa música pode ser endereçada a George W. Bush e qualquer outro político que use a religião para fomentar a guerra" protesta ele. "O que nos divide é essa ilusão de que uma religião é melhor que a outra."

Falando (mal) de guerras, como Ziggy acha que o Bob pai reagiria se estivesse vivo, testemunhando mais um conflito acontecer? "Ele cantaria sua música “War” e diria, como na letra, que “Até que a idéia de que uma raça é superior a outra seja finalmente e permanentemente abolida, haverá guerra em toda a parte”.

De volta ao disco, a faixa-título mostra Ziggy lutando em outra frente, a ecológica. A verde “Dragonfly” tem a letra escrita do ponto de vista... de uma libélula, voando por aí e vendo os estragos causados pelo homem. "É uma visão dos animais sobre nós, seres humanos" explica ele. "Eles se tornam inteligentes e nós viramos animais não pensantes, o que não está muito distante da realidade. Na verdade, a música é sobre ecologia, mas também é sobre igualdade. Somos todos filhos do mesmo criador." Para a turnê de “Dragonfly”, Ziggy Marley vai voar pelo mundo sem os Melody Makers e acompanhado por uma banda que, segundo ele, ainda está sendo formada.

"Estou reunindo uma nova geração de músicos jamaicanos e alguns convidados" - conta. "Da mesma forma que foi bom gravar o disco com músicos de outras áreas, vai ser legal excursionar com gente nova. Isso amplia a mente." Antes de desligar o telefone e voar para uma outra entrevista, o homem-libélula suspira um pouco e diz:

"Precisamos de paz."


Fonte: Lista Massive Reggae





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