Sucesso Absoluto no Festival de Reggae 2002. Som de qualidade com as melhores bandas do Brasil.

22/06/2002
Sucesso Absoluto no Festival de Reggae 2002. Som de qualidade com as melhores bandas do Brasil.

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Agora são 6:32, e já estamos na correria pra colocar as fotos e a matéria, sempre bem escrita, por Amanda Lacerda. Já dedicando a paciência de: Daniela, Karina, Betinho e Gil, que acompanharam toda a confecção das imagens e das notícias. Bem, chega de conversa, vamos reportar a Regueeeeira! Na noite de 21 de junho, regueiros afinados foram curtir o Festival de Reggae 2002 no Credicard Hall. Sabemos que shows de reggae com três ou quatro bandas tocando por noite, fervilham todos os finais de semana em São Paulo. Mas os festivais organizados por casas de show maiores tem, em sua maioria, motivos nobres além da simples arrecadação de dinheiro.

Acredito que o objetivo principal desse festival foi unir gerações. A Tribo de Jah, devidamente considerada a banda mãe do reggae nacional, foi prestar o, também devido, valor aos seus filhos que não param de nascer nos últimos tempos. A presença do Maskavo, que também é banda veterana (com dez anos de estrada), unida a banda mãe, fez abrir as portas aos calouros na noite mais verde e amarela do ano. Convenhamos... não pode existir motivo melhor pra comemorar ao som de um bom reggae, do que a vitória do futebol arte brasileiro sobre os "arrasadores" ingleses, mandando a rainha ir sambar com o Beckham!

Pra começar a noite, o show do Raízes Rasta. Banda jovem, começou a apresentação com um som que contagia rapidamente: fez covers de Bob Marley, cantou "Vamos Fugir", entre outras... mas fez a platéia realmente ferver cantando, "Luz do Sol". Os caras fazem um som muito característico ao misturar instrumentos e manter a percussão muito presente em todos as músicas. Com muita pontualidade, o segundo show foi do Maskavo. Ao que me parece a banda mais pop do festival. Fez uma apresentação bastante empolgante cantando além dos sucessos, músicas bem antigas, relembrando as formações que a banda já teve. Foi bonito ver todo mundo de braços erguidos cantando "Asas", música feita por Tato do Falamansa, que eles tocaram no encerramento.

O terceiro show, e o mais aplaudido, foi do Planta e Raíz. Demonstrando todo esse orgulho e satisfação com o Brasil nas semi-finais da copa, Samambaia e Fernandinho desfilaram com a camiseta da seleção. Começaram tocando os grandes hits, mas também apresentaram várias músicas novas, onde destaca-se cada vez mais a qualidade do som da banda, o entrosamento quase familiar em cima do palco e a impecável segunda voz desempenhada por Fernandinho. E além de fazer sucesso com a música esses caras ainda ganham o clamor das mulheres, que gritam quase insandecidas: Zeider, lindo!!!! E o Don Juan, se mostrava sempre gentil, vibrante e, muito diplomaticamente, jogou um balde de água fria nas meninas, ao dedicar a música "Aquele Lugar" pra sua namorada. Algumas acharam romântico, mas outras...

E pra finalizar a noite os mestres da Tribo de Jah. Cantaram "War", "Regueiros Guerreiros", "Ruínas da Babilônia" e a belíssima, Chama, entre outras belas canções. Como é típico da banda, demonstraram aquela simpatia sublime de regueiro, e o Fauzi contagiou com sua dança gingada e leve como o bom reggae. Encerraram o show, às 3:30h, com a galera em plena euforia cantando "Um só Amor". A noite foi carregada de sons tão intensos, que entravam no corpo durante a respiração, e se libertavam ao sair pelos poros suavemente junto com o suor da dança que nunca parava. Foi uma reunião de músicos e espectadores regueiros, sentindo o som e a energia das pessoas na própria pele. Um mar de vibrações positivas que nos conduziu a mais bela praia de música e gente.

IMAGENS DO EVENTO