28/09/2003
Roots Reggae Festival: Desorganização quase toma conta do evento, porém, o Reggae Roots prevalece!
 
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No último dia 27 de setembro, o Clube Atlético Nacional recebeu grandes bandas de Reggae Roots e também um bom número de regueiros atrás de coisa boa para curtir. Com certeza, não havia lugar melhor para se estar do que num evento que conseguiu reunir Dagô & Radical Roots (SP), Filosofia Reggae (SP), Mystical Roots (MA), Red Meditation (BA), Leões de Israel (SP) Reggae Style (SP) e Vibrações de Jah (SP). O tão esperado show do Ponto de Equilíbrio (RJ), não aconteceu, o que viria a acarretar um grande tumulto ao final do show.

Papoula & Ed Vox (BA) e Jah Live (DF) também não tocaram. Não se sabe ao certo os motivos das ausências, mas o show tinha que continuar, e as outras bandas simplesmente chamaram a responsabilidade para si, se apresentando de maneiras extravagantes e mandando pedradas sem dó para toda aquela galera que recheava, e BEM, o Clube Atlético Nacional.

DAGÔ & RADICAL ROOTS


Programado para começar as 5 horas da tarde, Dagô Miranda e a banda Radical Roots de São Paulo, iniciaram um dos melhores shows do evento. Puro Reggae nacional, envolvente, com atitude, Dagô Miranda (foto) tem uma excelente presença de palco, sabe prender a galera por sua simpatia, e suas demonstrações de respeito e amor à grandes artistas, como o Luiz Melodia. O trabalho de Backing Vocals do Radical Roots é outro ponto forte da banda (foto). Aos que curtiram o trabalho de Dagô, o grande Jamaica (foto) estava com sua barraquinha de pérolas vendendo os cds das bandas que estavam se apresentando e outras raridades do Reggae Roots mundial. Após a grande apresentação de Dagô, que estaria no dia seguinte no SESC Interlagos com a Tribo de Jah, era hora de mostrarmos outra banda que de backing vocals era praticamente perfeita, o Filosofia Reggae, também de São Paulo.

FILOSOFIA REGGAE


Esperando um reggae de primeira e algumas belas covers, o Filosofia fez outro grande show, o que deixou claro que o que viria pela frente era coisa pesada. Capacetes na cabeça, covers de Bob Marley em "Rat Race" e a música que estourou na voz dos Fugges, mas original de Roberta Flack, "Killing me Sofly". Eles contaram até com um rapper em algumas músicas (foto). Após a regueira do Filosofia Reggae, o palco é tomado pelo pessoal do Mystical Roots.

MYSTICAL ROOTS


Banda do Maranhão com uma boa pegada e energia contagiante. A beleza da vocalista Luciana Simões (foto), fez subir o nível de testosterona da rapaziada presente. Alguém saberia o por que? (foto) A vocalista levou tudo numa boa e tocou seu show com muito profissionalismo. Sobre o som, quem conhece Mystical sabe de seu poder em palco, em estudio ou cd, é roots de primeira. Pedradas consagradas da banda e ponto forte no cover de Steel Pulse com "Steppin’ Out". Um trecho que é muito bom ressaltar, foi a sensação de ouvir nos teclados, o som característico dos DUB’s de Augustus Pablo, um dos grandes nomes do Roots Rock Reggae mundial e padrinho de um grande artista que faleceu precocemente, Hugh Mundell. Dois grandes artistas para pesquisar. Após o show do Mystical Roots, a tão esperada banda paulista sobe ao palco. O Leões de Israel.

LEÕES DE ISRAEL


Com roupas extravagantes (foto) e comportamento irreverente, estilo Rockers, a energia que eles colocaram no show era de se emocionar (video). Quem estava perto do palco pode sentir o coração se render ao compasso forte e impiedoso do baixo de Edu SattaJah (foto). Quando Carlos Solano Rasta (foto) entra em cena, qualquer coisa relacionada a razão vai por água a baixo. A pegada da bateria é pra jamaicano ouvir e coçar os dreads de admiração. Com a grande performance do Leões de Israel e ótima resposta do público a suas músicas ou em "Fussing and Fighting" de Bob Marley, mal daria tempo de se recompor, pois o Reggae Style estava a postos.

REGGAE STYLE


A banda paulista está agora com o selo Central Reggae, o que trará ainda mais evidência ao Reggae Roots da banda. Sem palavras a apresentação da galera. Roots pesado e retorno do público fizeram a banda brilhar em palco (foto). Grandes composições do trabalho "Em Meio ao Caos" foram os principais destaques. Agora era a vez da revelação do Roots Rock Reggae nacional, o Red Meditation.

RED MEDITATION


O grupo é da Bahia e conta com a beleza e simpatia da vocalista californiana Molly Rose, que não se inibia em pedidos de fotos com seus admiradores (foto). Sem exageiros, o grupo chega a transmitir esperança, não só em meio ao caos que anda o mainstream, mas também ao caos mundial. Popó (foto) assume os vocais no início do espetáculo. Que início, Jah... Rastari! Veja essa sequência de fotos à meia luz onde a percussão tomou conta do palco com ritmo e louvores à Haile Selassie: (foto01) (foto02). Quem foi teve certeza que estamos com mais um reforço poderoso em nosso cast de bandas engajadas no Reggae Roots e na palavra do grande Haile Selassie (pesquise).

A performance do Red Meditation era forte (foto), com linhas de baixo bem trabalhadas por Ricardo Cruz e pegada perfeita de bateria por Vicente de Jesus, a banda ia ditando o ritmo da festa. Músicas como "Jah Children" e "Roots" levantaram a galera com a belíssima voz de Molly (foto). Foi um show incrível, pela presença de palco (foto), pela mensagem, pelo som, enfim, procure saber mais sobre a banda que já se consagrou como uma das melhores do Brasil no gênero.

Lá pelas 2:30 da manhã, já se ouvia rumores de que o Ponto de Equilíbrio, do Rio de Janeiro, e o Jah Live, de Brasília, não iriam tocar. As pessoas preferiram continuar curtindo, mas quando o Vibrações de Jah, programado para ser a última banda, subiu ao palco, alguns tiveram certeza e os ânimos começaram a ter algumas alterações. Até aí tudo bem, a banda paulista faz um grande show (foto), contando também com a presença de integrantes do Jahcareggae como Dudu (foto) e Vera "Mam" Nehring (foto).

Nós, da Equipe Surforeggae, que estavamos no pé do palco, começamos a perceber que a segurança do show, simplesmente havia se retirado do local. E um grupo começou a, literalmente, saquear o bar (foto). Quando foi anunciado oficialmente que o Ponto de Equilíbrio, o Jah Live e Papoula & Ed Vox não tocariam por motivos não verdadeiramente divulgados, o tempo fechou.

As boas pedradas do Reggae deram lugar a latas de cerveja, cheias, voando pelo ginásio do Clube Atlético Nacional. Mais uma vez, por falta de detalhes, um grande evento foi comprometido. Depois reclamam falta de público em alguns shows. Acreditamos que o alastramento da palavra de boas bandas precisam de primordiais intermediários: organização e segurança. Mesmo com esse triste fim, é uma injustiça cobrir as excelentes apresentações que aconteceram. Foram mágicas. Vamos torcer que a coerência de quem organiza esses grandes eventos prevaleça, e a segurança de quem vai prestigiar seja a principal preocupação.

IMAGENS DO EVENTO


 Clique aqui e confira as fotos do evento.


Fonte: Equipe Surforeggae





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Rústico
Vibrações
Live in Concert

Lucky Dube
(Reggae)


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